Scanners Alaris, a Chave para o Sucesso em Softwares de Inteligência Artificial

Por mais que gostemos de pensar na digitalização de documentos como uma tecnologia bem desenvolvida, sua aplicação ainda pode ser uma variável enorme nas implementações de tecnologia avançada. Isso foi ilustrado em uma implementação recente de Inteligência Artificial em um banco internacional com filiais em toda a Europa e América Latina. 

“Nosso software de extração de dados estava funcionando bem quando fizemos os testes e, em seguida, começamos a utilizá-lo; mas quando o implementamos nas filiais, a qualidade da extração diminuiu — ela passou de 95% de precisão para cerca de 30%”, afirma Sinuhé Arroyo, Fundador e CEO da TAIGER, especialista em Inteligência Artificial com base em Cingapura. “Quando recebi essa informação, comecei a ligar os pontos e descobri que os scanners nas filiais eram de qualidade inferior. Os resultados realmente provaram o velho ditado ‘entra lixo, sai lixo'.’ Então, nós mudamos os scanners e o problema foi resolvido.”

A resolução desse problema levou a uma parceria com a Alaris, a divisão de Information Management (incluindo a fabricação de scanners) da Kodak Alaris. A TAIGER e a Alaris anunciaram recentemente uma aliança estratégica global através da qual a TAIGER integrará seus softwares aos scanners da Alaris e os oferecerá como parte de suas soluções de extração de dados. Inicialmente, a TAIGER se concentrará na certificação de um par de scanners de rede, o Kodak Scan Station 730EX  e o Alaris S2060w.

“Os scanners de rede atendem às necessidades de clientes específicos e nos permitem incorporar a solução da TAIGER na interface do dispositivo”, afirma Vanilda Grando, Global Sales Development Director da Alaris. “Isso criou nosso modelo inicial de vendas, mas não estamos necessariamente limitados a trabalhar apenas com a TAIGER em scanners de rede.”

A alta qualidade das imagens produzidas pelos scanners foi o fator decisivo, segundo Arroyo. “A tecnologia que a Alaris ofereceu na área de processamento de imagens foi superior ao que vimos nos concorrentes”, ele afirma. “Isso realmente fez com que eles se destacassem.”

Quem é a TAIGER?

A TAIGER (pronuncia-se “taiguer”) é um dos vários especialistas em Inteligência Artificial com os quais conversamos recentemente que estão aplicando a tecnologia em aplicativos de captura de documentos. Arroyo fundou a empresa em 2009. “Comecei a programar em BASIC quando tinha 10 anos”, disse Arroyo. “Continuei a estudar ciência da computação e obtive meu doutorado em Inteligência Artificial. Eu estava trabalhando em áreas como aprendizado de máquina e raciocínio automatizado. O processamento de linguagem natural foi uma das disciplinas".

“Quando comecei a procurar maneiras de aplicar minha pesquisa aos negócios, percebi que a compreensão de texto era uma área que permanecia em grande parte sem solução. Com a TAIGER, iniciamos com a tecnologia de busca e, depois, adicionamos um assistente de chatbot. Mais tarde, adicionamos a extração de informações, que pode ler documentos e extrair informações. Nós convertemos essas informações em dados a serem absorvidos pelos sistemas de informação.”

A TAIGER está sediada em Cingapura e faz parte de um setor tecnológico em crescimento. Em 2017, a TAIGER fechou um ciclo de financiamento equivalente a US$ 5,87 milhões. (Só esta semana, a TAIGER anunciou uma ciclo de financiamento da Série B de US$ 25 milhões, que valoriza a empresa em US$ 110 milhões). Atualmente, possui filiais em Nova York, Madri, Hong Kong e Sidney, com planos de continuar a se expandir em todo o mundo. “Até agora, temos nos concentrado principalmente no mercado de serviços financeiros e cinco dos sete maiores bancos mundiais são nossos clientes”, disse Arroyo. “Também temos alguns contratos governamentais selecionados e acabamos de começar a trabalhar com alguns escritórios de advocacia.”

A TAIGER possui três linhas de produtos separadas: iSearch, iConverse para chatbots e iMatch para extração de dados. “Nossa tecnologia de extração pode trabalhar com documentos que chegam em formatos digitais ou físicos”, afirma Arroyo. “Se o documento for um e-mail ou outro tipo de arquivo eletrônico, não há necessidade de digitalizá-lo. Se for impresso, contamos com um scanner que gera um arquivo de imagem, ao qual aplicamos o OCR. Em seguida, trabalhamos com o texto ASCII para interpretar o documento em função do aplicativo definido.” (Atualmente, a TAIGER não está utilizando o Capture Pro software da Alaris para OCR, mas Arroyo disse que estão considerando essa possibilidade).

De acordo com Arroyo, o principal diferencial entre o iMatch e a captura tradicional é a variedade de documentos que o iMatch pode tratar. “A captura tradicional funciona bem em documentos estruturados e semiestruturados, se não houver muita variação ou complexidade”, diz ele. “Quando trabalhamos com documentos completamente não estruturados, a situação muda completamente. A tecnologia de aprendizado da máquina não consegue alcançar a precisão que conseguimos, então, os fornecedores não podem assegurar os KPIs como nós podemos. Nós podemos oferecer de 90% a 95% de precisão, sem falsos positivos, e essa é uma porcentagem muito alta.”

Para o banco global mencionado acima, a TAIGER implantou o iMatch para ajudar no processo de integração. Para clientes corporativos, isso envolve a captura de dados de pelo menos 10 documentos diferentes, incluindo documentos não estruturados, como Procurações e Estatutos. A frase específica que concede uma procuração individual para uma corporação, por exemplo, pode ser muito diferente dependendo de quem elaborou o formulário.

“Um dos desafios da linguagem é que o significado de algo que você diz pode variar muito com base no contexto”, disse Arroyo. “Por exemplo, se eu perguntar onde você mora, isso pode significar que eu quero saber em qual bairro, cidade ou país você mora. Ou podemos fazer a mesma pergunta de maneira diferente. É por isso que a correspondência de padrões não funciona na extração de documentos não estruturados. As possibilidades podem ser incrivelmente grandes. “Nossa tecnologia consegue identificar os sujeitos, predicados, objetos, etc., das frases. Em seguida, aplica a compreensão semântica para determinar qual dos cinco a sete significados diferentes está correto. Então, tentamos contextualizar a frase no documento para realmente tentar e chegar ao significado certo.”

Arroyo explicou que existem três elementos na implementação do iMatch. “Você tem o mecanismo subjacente que será o mesmo em todas as instâncias”, disse ele. “Então, você tem os documentos. Finalmente, há uma base de conhecimento, como uma ontologia, que ajuda a ajustar o mecanismo para processar um determinado tipo de documento. O valor da proposta está em poder capturar dados em atividades importantes com muita precisão e garantir que não haja falsos positivos.”

A aplicação no banco global resultou em uma redução no tempo de integração de clientes corporativos de várias semanas, em alguns casos, para apenas sete minutos. Os custos da integração de clientes foram reduzidos em 85%. Os erros também foram reduzidos.

Vanilda Grando
Vanilda Grando
Global Sales Development
Director da Alaris

O iMatch atualmente tem suporte para a captura de dados em inglês, espanhol e chinês. “Estamos desenvolvendo o suporte para mais idiomas”, disse Arroyo. “Não é um processo muito difícil. Demora alguns poucos meses para adicionar um novo idioma.”

Até o momento, o iMatch foi implantado apenas nas instalações dos clientes, mas a TAIGER está se esforçando para transferir sua tecnologia para a nuvem. “Nós vemos muitas organizações, especialmente no mercado de serviços financeiros, desejando migrar para softwares baseados em nuvem”, afirma Arroyo. “Eu acho que isso beneficia a todos com a redução do tempo de comercialização e menor custo de implementação para o cliente. Trabalhar com os scanners de rede da Alaris é uma decisão fácil quando se trata de permitir a integração com o software em nuvem.”

A TAIGER continua a desenvolver sua tecnologia, adicionando recentemente novos recursos de redação. “À medida que adicionarmos recursos e, potencialmente, movermos nossa tecnologia para a nuvem, será possível alcançar melhor o mercado intermediário, embora eu não ache que ampliaremos muito essa abrangência”, disse Arroyo. “Somos realmente uma empresa de B2B.”

Inicialmente, pelo menos, a Alaris procurará oportunidades para recomendar o software da TAIGER aos seus clientes. “Nós não estamos prontos para atuar como revendedores”, afirma Grando da Alaris. “Mas esses são os tipos de alianças globais que estamos procurando desenvolver. Quando você combina o software da TAIGER com nossos scanners, é possível criar algo realmente diferente no mercado. Eu gosto de dizer que somos a gasolina e eles são o motor. Iniciamos o processo fornecendo imagens de boa qualidade ao motor deles, o que faz a diferença para que eles automatizem as transações tão bem.”

Para mais informações: https://www.documentimagingreport.com/?p=6312; http://bit.ly/TaigerSeriesB

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